domingo, 26 de setembro de 2010

"Kleine Musik"

http://www.setelagrimas.com/kleinemusik.html


CD "Kleine Musik"
MU Records
MU0102 2008
Distri. Nacional Dargil


Heinrich Schütz (1585-1672) compôs, entre 1636 e 1639, duas séries de pequenos concertos espirituais (Kleine geistliche Konzerte) para um grupo de uma a cinco vozes e baixo contínuo, num período de dor e sofrimento como foi a Guerra dos Trinta Anos. As pequenas composições foram escritas sobre variadas fontes textuais, na tradução alemã ou em latim do antigo testamento às palavras de Santo Agostinho. Em 2007 decidimos mergulhar num projecto que há muito construíamos e que, com a cumplicidade de Ivan Moody tornámos realidade: um olhar contemporâneo sobre a obra do maior compositor alemão do século XVII partindo da mesma selecção de textos que quatro séculos antes inspiraram a sua composição. Um reflexo de processos criativos mas não de linguagens. Um encontro entre o novo e o antigo, um espelho de hoje, desta nova e “pequena” grande música de ontem.

Filipe Faria
Sérgio Peixoto
LISBOA, 2008

Sempre considerei extremamente impressiva a música de Heinrich Schütz. É impressiva na forma como contextualiza uma exuberância do sul num tecido novo, do norte (marcado pela austeridade estilística oriunda, como necessidade e como virtude, das sequelas da Guerra dos Trinta Anos). E é impressiva na forma como este estoicismo aparente esconde tanta riqueza e, não menos importante, uma triunfante proclamação de fé. Esta encomenda do Sete Lágrimas, com a oportunidade de “reflectir” a música de Schütz era, por isso, irresistível. Durante o meu próprio processo de composição, foi inevitável olhar com detalhe para as partituras e modelos de Schütz. O ambiente musical resulta, com frequência, muito diferente (apenas numa situação usei uma pequena citação), no entanto, acredito firmemente que existe uma clara relação entre o alemão luterano setecentista e este inglês ortodoxo do século XXI. Reflectir como num espelho era uma ideia central deste projecto, devendo estar presente que todos os espelhos distorcem. Que ponto de partida criativo poderá ser mais rico do que o esforço de reflectir e complementar um Mestre como através de um “espelho, em enigma”*? * 1 Coríntios 13

Ivan Moody
LISBOA, 2007
* 1 Corinthians 13



Filipe Faria, TENOR
Sérgio Peixoto TENOR & CRAVO HARPSICHORD
Ana Quintans SOPRANO

Inês Moz Caldas FLAUTA DE BISEL RECORDER
Pedro Castro FLAUTA DE BISEL & OBOÉ BARROCO BAROQUE OBOE
Kenneth Frazer VIOLA DA GAMBA
Duncan Fox VIOLONE
HugoSanches TIORBA THEORBO THÉORBE THEORBE



Alinhamento

01 HEINRICH SCHÜTZ (1585-1672)
Eile mich, Gott, zu erretten 03:07
Kleine Geistliche Konzerte, SWV 282

02 IVAN MOODY (1964-)
Meister, wir haben die ganze Nacht gearbeitet (2007) 03:11

03 HEINRICH SCHÜTZ
Die Furcht des Herren 02:52
Kleine Geistliche Konzerte, SWV 318

04 IVAN MOODY
Herr, ich hoffe darauf (2007) 04:13

05 HEINRICH SCHÜTZ
O misericordissime Jesu 04:03
Kleine Geistliche Konzerte, SWV 309

06 IVAN MOODY
Anima mea liquefacta est (Symphonia Sacra I) (2007) 04:12

07 HEINRICH SCHÜTZ
Meister, wir haben die ganze Nacht gearbeitet 03:14
Kleine Geistliche Konzerte, SWV 317

08 IVAN MOODY
Verbum caro factum est a 2 (2007) 02:58

09 HEINRICH SCHÜTZ
Herr, ich hoffe darauf 03:25
Kleine Geistliche Konzerte, SWV 312

10 IVAN MOODY
Eile mich, Gott, zu erretten (2007) 04:15

11 HEINRICH SCHÜTZ
Ihr Heiligen, lobsinget dem Herren 02:15
Kleine Geistliche Konzerte, SWV 288

12 IVAN MOODY
O misericordissime Jesu (2007) 02:24

13 HEINRICH SCHÜTZ
Habe deine Lust an dem Herren 04:22
Kleine Geistliche Konzerte, SWV 311

14 IVAN MOODY
Die Furcht des Herren a 2 (2007) 01:50

15 HEINRICH SCHÜTZ
Verbum caro factum est 03:23
Kleine Geistliche Konzerte, SWV 314

16 IVAN MOODY
Ihr Heiligen lobsinget dem Herren (2007) 01:43

17 HEINRICH SCHÜTZ
Anima mea liquefacta est/
Adjuro vos, filiae Hierusalem 07:28
Symphoniae Sacrae I, SWV 263/264

18 IVAN MOODY
Habe deine Lust an dem Herren (2007) 02:23

Todas as peças contemporâneas foram compostas para o Sete Lágrimas
All contemporary pieces were composed for Sete Lágrimas

http://www.setelagrimas.com/kleinemusik.html

sábado, 25 de setembro de 2010

Projecção

Anjo

De guarda...


Languose (Windows)

Caminho para o mar


Island, jihovychodni cast Islandu


Caminho para o mar

Sinto que hoje novamente embarco
Para as grandes aventuras,
Passam no ar palavras obscuras
E o meu desejo canta - por isso marco
Nos meus sentidos a imagem desta hora.

Sonoro e profundo
Aquele mundo
Que eu sonhara e perdera
Espera
O peso dos meus gestos.

E dormem mil gestos nos meus dedos.

Desligadas dos círculos funestos
Das mentiras alheias,
Finalmente solitárias,
As minhas mãos estão cheias
De expectativa e de segredos
Como os negros arvoredos
Que baloiçam na noite murmurando.

Ao longe por mim oiço chamando
A voz das coisas que eu sei amar.

E de novo caminho para o mar.

Sophia Mello Breyner Andresen

Aussois 2009 - par Caliap

Sergey Korolev

Album III

Album III

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Por vezes...


http://www.youtube.com/watch?v=PfJvmafttg0&feature=player_embedded

"Sometimes"


poem by Ceo Lo Called



Sometimes a stranger
can be your best friend
Sometimes being
angry is the best mood

Sometimes seeing your feel
good makes me feel even
better
Sometimes hunger is the
best food

Sometimes good just
ain't good enough
And other times evil
will get you even


Sometimes faith is not
knowing any better

Sometimes not hing is
waht you belive in

Sometimes you fail
trying
And Sometimes
happiness hurts worse


Sometimes people live
dying
Sometimes it's the last
person that makes you first

Sometimes you'll keep
what you don't want
And other times you'llgive
away what you realy need

Sometimes a rich man
won't have a dollar
And all a poor man has is
greed

quarta-feira, 22 de setembro de 2010


http://www.youtube.com/watch?v=-4VFeYZTTYs&feature=player_embedded#!




via
http://www.geocaching.com/

Outono

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjIlorfj-JCOcQD6Ej7cjTPa1Q4GXgrHcXrZag2jCCgLse6xEqtQGaukpDD0EgBYhY39YJNDGPeSqT6k1rZuUkoG7wxw2v-Xnc9izxb0Qv11XvSJblDWG5PP5cnz6QVUI51JGACb1Z_Oks/s1600/tumblr_l93zqsiGOF1qcl7wgo1_500.jpg

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhnrv2VGH9aRXuc1mosqjV6gAr-UuTltqF9TO1kfEC7LB6yulxSKq5On6A9xyNOWsI_j_1oApGQqEndcSYoS0xokCWRSqlyfp0CSoXvmidseCghFaNrP6xwksfYwDgT5KFH4ssP8RQG7Uc/s1600/Outono.jpg

Gotan Project - Tango


Gotan Project: entrevista com fundo sonoro a maravilhosa "La Gloria"

Palavras Cruzadas


Blackbird Blackbird – Pure (official music video) from Isaac Bauman on Vimeo.





http://palavrascruzadas-paulofreixinho.blogspot.com/


http://www.prof2000.pt/users/secjeste/cruzadas/Pg000020.htm


Palavras cruzadas
http://www.prof2000.pt/users/secjeste/cruzadas/Pg000016.htm

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Porto - Serralves

cágado-de-carapaça-estriada




Nome comum:

Cágado-de-carapaça-estriada


Nome científico:

Emys orbicularis (Linnaeus, 1758)


Morada:

É uma espécie de réptil residente e autóctone.

Em Portugal tem uma distribuição fragmentada.

Na maioria dos casos as observações referem espécimes isolados ou pequenas populações.

Observaram-se também algumas populações dispersas. É o caso da Reserva Natural Local do Paul da Tornada (Caldas da Rainha), nas Lagoas do Prado (Vila Verde) e na zona de Figueira de Castelo Rodrigo.

A nível mundial, o cágado-de-carapaça-estriada ocupa uma grande área de distribuição, desde o Noroeste de África, de Marrocos à Tunísia, o Centro e Sul da Europa, da Península Ibérica à região do Mar Cáspio, e a região ocidental da Ásia, do Noroeste de Irão e Iraque ao Norte da Síria.

Não se encontraram em Portugal destes cágados acima dos mil metros de altitude.


Género:

Os machos tendem a ser mais pequenos e o seu plastrão (ventre) costuma ser côncavo, o que faz todo o sentido para facilitar o acasalamento. As caudas dos machos costumam ser mais compridas e grossas.


Comportamento:

Gostam de se aquecer ao sol nas margens. Porém, quando são surpreendidos atiram-se rapidamente à água, onde se refugiam.

Estes cágados encontram-se activos praticamente durante todo o ano, a partir dos 14º C, podendo hibernar nas zonas frias. Podem também adoptar períodos de estivação nas regiões mais quentes.


Alimentação:

Nutre-se de invertebrados como caracóis, coleópteros, dípteros, aracnídeos, incluindo na ementa insectos com fases larvares aquáticas.


Filiação e nascimento:

Pertence à família Emydidae.

A maturidade sexual dos machos é atingida entre os 8 e os15 anos; nas fêmeas entre os 10 e os 18 anos.

Acasalam por altura de Abril/Maio, geralmente na água. As fêmeas põem de 5 a 12 ovos, num pequeno buraco escavado, que depois cobre de terra, frequentemente afastado da água. A postura eclode ao fim de dois a três meses de incubação.


Habitat:

Margens de ribeiros e lagos, de águas calmas, ou seja, habitats de água doce ou de baixa salinidade, de águas paradas ou de corrente lenta, permanentes ou temporários, tais como charcos, albufeiras, represas, rios e ribeiras.

A bibliografia diz que o cágado-de-carapaça-estriada prefere locais com uma boa cobertura de vegetação aquática mas pequena cobertura da vegetação das margens.

A drenagem e aterro de zonas húmidas para aproveitamento agrícola, florestal e/ ou urbanístico, leva ao desaparecimento e fragmentação dos habitats desta espécie, associada particularmente aos charcos temporários.


Comprimento:

Tamanho máximo de cerca de 15 cm.


Curiosidades:

Em Portugal há só duas espécies de cágado e o que preenche este tema — cágado-de-carapaça-estriada — é o mais raro. O outro, mais habitual, chama-se Mauremys leprosa e tem por nome vulgar cágado-mediterrânico.

A esperança de vida do cágado-de-carapaça-estriada é de 40 a 60 anos.

Esta espécie é particularmente frágil. Uma tardia maturidade sexual das fêmeas associada a baixas taxas de fecundidade e a uma mortalidade infantil elevada implicam uma taxa de crescimento populacional muito baixa e uma reduzida capacidade de recuperação de impactos negativos.

Não admira que se considere estarem as suas populações em regressão em grande parte da sua área de distribuição.


Bibliografia:

«Plano Sectorial da Rede Natura 2000», Janeiro 2006, Fauna: anfíbios e répteis.


via
http://verdinho_naturezabrincalhona.blogs.sapo.pt/

http://www.parquebiologico.pt/

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Pastoral



Wordle: Pastoral

Pastoral

Não há, não
duas folhas iguais em toda a criação.

Ou nervura a menos, ou célula a mais
não há, de certeza, duas folhas iguais.
limbo todas têm,
que é próprio das folhas;
pecíolo algumas, bainha nem todas.
Umas são fendidas,
crenadas, lobadas,
inteiras, partidas
singelas, dobradas

Outras acerosas,
redondas, agudas,
macias, viscosas,
fibrosas, carnudas.

Nas formas presentes,
nos actos distantes,
nem mesmo semelhantes
são sempre diferentes.

Umas vão e caem no charco cinzento,
e lançam apelos nas ondas que fazem;
outras vão e jazem sem mais movimento.
mas outras não jazem,
nem caem, nem gritam,
apenas volitam
nas dobras do vento

É dessas que eu sou.


António Gedeão
In Teatro do Mundo, 1958

Silêncio

Há uma altura em que deixamos de ser poetas. Não por falta de inspiração ou preguiça, mas por haver palavras a mais a serem escritas e pouco espaço livre no universo no meio de tanto desespero por algo profundo. Todos passamos por lá, uns mais tarde que outros: a altura de dar sentido ao percurso. E se o percurso não tem sentido, inventa-se! Há uma altura em que todos querem ser poetas, há uma altura em que temos que deixar o barulho serenar.

http://tiagobettencourtemantha.blogs.sapo.pt/

The National

we look younger than we feel.

The National

SILÊNCIO

Cantar em coro é muito bom para nos sentirmos de harmonia com o mundo e com os outros. Excelente será pensar em coro como se faz no país "do outro lado do espelho".

Acho muito divertida, além de importante, esta actividade de pensar em coro, porque será uma daquelas experiências novas que nos dá a esperança de ser a melhor, a mais produtiva forma de...

Seria em silêncio, naturalmente, o que dá mais razões de esperar. Confio no silêncio mais do que em qualquer conversa muito inteligente: nesta há sempre um ruído de fundo perturbador.




Pensar em coro pode ser assim ou doutra forma qualquer: diversas pessoas reunidas num palco pensam arduamente, durante uma ou duas horas, num tema escolhido antes, perante um público em profundo silêncio seu na plateia, ou tentando acompanhar o coro, o silêncio do coro. Seria um espectáculo de muito bom gosto.

No fim desse tempo, os elementos do coro poderiam quebrar o silêncio, desde que alguém lhes dirigisse a palavra. Todavia se isso não acontecesse, continuariam em silêncio, e tudo estaria bem.

No primeiro caso, poderiam ter chegado a uma conclusão e, embora isso não fosse essencial, quereriam falar dela. Digo que um dos mais relevantes poderes que todos temos é o de atribuir às palavras significados diferentes conforme nos convém, o que é absolutamente extraordinário e muito, muito conveniente. E também inconveniente: quando falámos, metemo-nos em sarilhos justamente por causa dessa irritante multiplicidade de significados para o mesmo vocábulo.


https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmVhJGXE6_RulYwNcTL_y_fc3HwGOWcJ5pUbDQJFLUWdiS3RXRpW6DESA6Uti7b5YxGTLT0SuahUbKofVOvyJX2HSoV_m285WCuCsi9JLiQebn-VQJyqXkm9vShRdPiddrWrHmAE-KsAb9/s1600-h/00000207785.JPG



Voltando àquele espectáculo, seria uma espécie de meditação em conjunto e com tema para que ninguém se dispersasse, sem maestro de batuta ou com maestro sem batuta ou mestre.

Em geral, os grupos corais ensaiam para cantar em público com harmonia. No caso dos que pensam em grupo poderia não ser, que acham? Podiam pensar em lugares tranquilos e sós e não em palco para público. Tinham de estar de acordo desde o princípio. Talvez não fosse necessário ter ensaios, consultar pauta…

Num caso ou no outro, o que não lhes perdoaríamos era que se desarmonizassem.


(Gostaria que os meus amigos glosassem este tema e desde já lhes dirijo a palavra para que quebrem o silêncio depois da sessão coral e nos falem das suas conclusões sem esquecer que conclusão é uma palavra solta).

via
http://zildacardoso.blogs.sapo.pt/

http://milrazoes.blogs.sapo.pt/14335.html

A Velha Guarda a Formosa

ORLA MARÍTIMA


Fotografia de Graça Oliveira


ORLA MARÍTIMA

O tempo das suaves raparigas
é junto ao mar ao longo da avenida
ao sol dos solitários dias de dezembro
Tudo ali pára como nas fotografias
É a tarde de agosto o rio a música o teu rosto
alegre e jovem hoje ainda quando tudo ia mudar
És tu surges de branco pela rua antigamente
noite iluminada noite de nuvens ó melhor mulher
(E nos alpes o cansado humanista canta alegremente)
«Mudança possui tudo»? Nada muda
nem sequer o cultor dos sistemáticos cuidados
levanta a dobra da tragédia nestas brancas horas
Deus anda à beira de água calça arregaçada
como umhomemse deita como umhomemse levanta
Somos crianças feitas para grandes férias
pássaros pedradas de calor
atiradas ao frio em redor
pássaros compêndios de vida
e morte resumida agasalhada em asas
Ali fica o retrato destes dias
gestos e pensamentos tudo fixo
Manhã dos outros não nossa manhã
pagão solar de uma alegria calma
De terra vem a água e da água a alma
o tempo é a maré que leva e traz
o mar às praias onde eternamente somos
Sabemos agora em que medida merecemos a vida


Ruy Belo, in "O tempo das suaves raparigas e outros poemas de amor" assírio & alvim, 2010

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

bloemen

Oceano Pacífico

FLOR

Pacífico

Teil einer Hauswand in Bad Windsheim - Part of a house wall in Bad Windsheim

vídeo

http://en.tackfilm.se/



http://en.tackfilm.se/?id=1268032887423RA89

GRUTA - subterrâneo





Postojna Caves - showing how deep underground this cave is.
The first part is by electric train and this is already deep inside.The tourists are divided by different languages in about 200 groups. This cave is very long and only 5 Km. are available to the public.!


Postojna Caves - mostrando como o subterrâneo desta caverna é profundo.
A primeira parte é visitada por trem elétrico e isso já é profundamente procurado por turistas. Estes são divididos por diferentes idiomas em cerca de 200 grupos. Esta caverna é muito longa. Apenas 5km estão disponíveis ao público.!

SUBTERRÂNEO



Poucos sabiam que Barack Obama, o novo presidente eleito dos Estados Unidos da América, se dedicara no passado à poesia. Estes dois poemas, Pop (Papá) e Underground (subterrâneo) foram publicados quando ele estudava na universidade em 1981. Na altura tinha 19 anos. O jornal em causa era o Feast. Os poemas foram divulgados nos EUA pelo jornal The New Yorker, que faz aqui uma crítica à poesia de Barack Obama.
http://www.newyorker.com/talk/2007/07/02/070702ta_talk_mead


PAPÁ

Recostado na sua cadeira, uma cadeira larga e quebrada
E polvilhada com cinzas,
O papá passa os canais, toma outro
Cálice de Seagrams, simples, e pergunta
O que fazer comigo, um rapaz novo e verde
Que nem considera a
Falta de sentido do mundo, desde
Que as coisas se me tornaram fáceis.
Fixo os olhos na sua cara, um olhar
Que lhe afasta a testa;
Estou certo que ele não tem consciência dos seus
Negros olhos de água, estes que
Balançam em diferentes direcções,
E dos seus lentos e indesejados espasmos
Que demoram a desaparecer.
Oiço, aceno abertamente até tocar na sua pálida,
Camisola bege, gritando,
Gritando nos seus ouvidos, pendurados
Com lóbulos pesados; mas ele está a contar
A sua piada, e então pergunto-lhe por que
Parece tão infeliz, ao que me responde….
Mas eu não quero mais a porcaria da resposta, porque
Passou todo o tempo, e por baixo da
Minha cadeira eu tiro o espelho que guardei;
Eu rio-me, rio-me à gargalhada, o sangue escorre
Da sua cara até à minha, e cresce
Um pequeno lugar no meu cérebro, algo
Que deverá ser extirpado, como se fosse um
Caroço de melancia, com os
Dois dedos.
O papá toma outro cálice, simples,
Repara na pequena mancha de âmbar
Nos seus calções, igual à que eu tenho nos meus, e
Faz-me cheirar do seu cheiro, e este vem
Apenas de mim; ele passa os canais, recita um poema antigo
Que escreveu antes de a sua mãe falecer,
Levanta-se, grita, e pede
Um abraço, assim que eu encolho, com os meus
Braços mal conseguindo dar a volta
ao seu grosso e oleoso pescoço, e às suas costas largas; porque
Eu vejo a minha cara emoldurada na
Armação preta dos óculos do papá,
E descubro que ele também se ri.



SUBTERRÂNEO


Grutas debaixo de água
Cheias de macacos
Comendo figos.
Aproximo-me dos figos
Que os macacos
Comem, eles mastigam.
Os macacos guincham, mal
Lhes vejo os dentes, eles dançam,
Lançam-se à água que escorre,
Velhos, as peles secas,
Reflectem a luz no azul.


Barack Obama, candidato democrata eleito presidente dos Estados Unidos.
(tradução de Tiago Nené)



Postojna Caves - Slovenia

Estalactites






Postojna Caves - Slovenia

what a beautiful curtain of the caves-Natureo

que é uma bela cortina das cavernas Natureza

Estalactites e estalagmites





Postojna Caves - Slovenia

Postojna Caves - Slovenia

Postojna Caves - Slovenia





The cave is accessible without special equpment, and has a constant temperature of 8° C. Visitors are taken for a tour by a special cave train, accompanied by experienced guides. A visit takes an hour and a half.

A caverna é acessível sem equpment especial, e tem uma temperatura constante de 8 ° C. Os visitantes são levados para um passeio por um trem caverna especiais, acompanhados por guias experientes. A visita é uma hora e meia.

Grutas Postojna





The caves were created by the Pivka River.
5.3 km of the caves are open to the public, the longest publicly accessible depth of any cave system in the world.
Home to the endemic olm, the largest trogloditic amphibian in the world.

As cavernas foram criados pelo River Pivka. 5,3 km das grutas estão abertas ao público, a maior profundidade publicamente acessível de qualquer sistema de caverna do mundo.

Sójka

Sotto il monte

Feist's "Brandy Alexander"





segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Natália Correia

Notável discurso da deputada Natália Correia, na sessão parlamentar de 22 de Março de 1990 e publicada no Diário da Assembleia da República a 23 de Março de 1990, número 55

"A Sr.ª Natália Correia (PRD): — Sr. Presidente, Srs. Deputados: Neste debate não me ocorre melhor argumento para fundamentar, histórica e culturalmente, os direitos da mulher em Portugal do que vexar a decrépita misoginia oriunda da mentalidade burguesa que os desrespeita e, nesta Assembleia, ainda cobra hospedagem — e a extinção da Comissão da Condição Feminina é um exemplo —, recordando-vos, Srs. Deputados, o que esqueceis. E é todo um passado português que aqui torno presente em ilustres vozes masculinas que, ao génio das mulheres, renderam a mais rasgada das admirações.Logo no século XVI, Rui Gonçalves, lente de Direito Civil, oriundo da ilha de São Miguel, o que me é, obviamente, motivo de orgulho, defende os «privilégios e prerrogativas que o género feminino tem por direito comum e ordenaçooens do reino, mais que o género masculino», num livro assim intitulado, em que reconhece levar a mulher decidida vantagem de ânimo e psique nas qualidades requeridas para a governação do reino.Ainda no século XVI, dentro do ideário do humanismo cívico, Duarte Nunes de Leão, na sua Descrição do Reino de Portugal, enaltece os prodígios das mulheres que nessa época tinham grande eminência nas letras, e João de Barros, no seu Espelho de Casados, afirmando que as mulheres são tão hábeis e sabedoras quanto os homens, acrescenta: «e se me disserem que muitas o não são, digo eu que também há muitos néscios e desarrazoados».Certamente que tão fervoroso feminismo tinha o seu fundamento numa plêiada de mulheres notáveis. Dispensando-me de evocar aquelas cuja fama logrou romper as sombras com que a crónica as envolveu — Joana Vaz, Públia, Hortênsia de Castro e outras —, recordo, das latinisias que precederam de 50 anos o círculo letrado da infama D. Maria, essa extraordinária Leonor de Noronha, discípula dilecta de Cataldo Parísio Sículo, animador na corte portuguesa de um movimento cultural de cariz renascentista, que nela diz ter encontrado uma coisa do céu, a sibila de cumas.Pois terá sido, na opinião autorizada do
Duarte Nunes de Leão, na sua Descrição do Reino de Portugal, enaltece os prodígios das mulheres que nessa época tinham grande eminência nas letras, e João de Barros, no seu Espelho de Casados, afirmando que as mulheres são tão hábeis e sabedoras quanto os homens, acrescenta: «e se me disserem que muitas o não são, digo eu que também há muitos néscios e desarrazoados».Certamente que tão fervoroso feminismo tinha o seu fundamento numa plêiada de mulheres notáveis. Dispensando-me de evocar aquelas cuja fama logrou romper as sombras com que a crónica as envolveu — Joana Vaz, Públia, Hortênsia de Castro e outras —, recordo, das latinisias que precederam de 50 anos o círculo letrado da infama D. Maria, essa extraordinária Leonor de Noronha, discípula dilecta de Cataldo Parísio Sículo, animador na corte portuguesa de um movimento cultural de cariz renascentista, que nela diz ter encontrado uma coisa do céu, a sibila de cumas.Pois terá sido, na opinião autorizada do camonista José Maria Rodrigues, na tradução, e acrescento por D. Leonor, da Crónica Geral, de Marcanlonio Cocei Sabellicus, e da Crónica Geral da Eneida, do mesmo autor, que Camões encontrou uma das fontes de Os Lusíadas.Considere-se ainda que não só nas letras, mas também nas armas (o que não me entusiasma muito, mas é um facto!), se distinguiram as mulheres que, oriundas da linhagem de Brites de Almeida e de Deuladeu Martins, e prosseguida nas guerras da Restauração com Mariana Lencasire, e no século XIX, com a Maria da Fonte, protagonizaram, no século XVI, em Cafim, no Norte de África, c sobretudo nos cercos de Diu, um ardor na peleja que legendariamente se acendeu na bravura de Ana Fernandes, a celebrada «velha de Diu».Mas, já entrando no século XVII, continuam a fazer-se ouvir as vozes masculinas que rendem louvores aos méritos intelectuais e artísticos e mesmo proféticos do sexo feminino. É D. Francisco de Portugal na sua Arte de Galantería, dizendo ser coisa assaz lúcida o estimar o que as mulheres dizem como profecias e oráculos.É D. Francisco Manuel de Melo e outros escritores a nomearem «fénix dos engenhos lusitanos» essa genial poetisa Soror Violante do Céu, que, antes de professar, já aos 17 anos era assaz admirada para que fosse escolhida uma comédia da sua autoria para ser representada nas festas oferecidas a Filipe III, na sua visita a Portugal.São os corifeus da literatura a consagrarem outra notável poetisa, Soror Maria do Céu, «assombro do sexo feminino, inveja do masculino e admiração de ambos», assim a glorificaram os do seu tempo, preito que lhe é rendido pelo próprio qualifïcador do Santo Ofício, Padre Manuel Boaventura de São Gião, que, no seu parecer sobre um livro da poetisa, não escasso em timbres profanos como a poesia de Soror Violante do Céu, diz que ela é prodígio da natureza que excede a apreensão humana.Em cobrar encómios semelhantes não lhes fica atrás Madalena da Glória, que, com as outras duas, forma a cintilante triologia de poetisas do século xvii, pois, como as outras, teve panegirístas fanáticos, que a designaram por «fénix dos engenhos».Soror Madalena da Glória era também pintora, o que me leva a acentuar que a pintura, bastante cultivada neste período por mulheres artistas, hoje ignoradas, teve o seu expoente feminino em Josefa de Óbidos, que continua a encantar-nos com a voluptuosidade da doçaria das suas naturezas-mortas e com o lirismo encantador dos seus Meninos Jesus.E chegamos ao século xviii. O Iluminismo contém uma componente feminista de que é arauto Luís António Vemey, que, no seu Verdadeiro Método de Estudar, essa extraordinária figura da nossa história da pedagogia, prescreve o que se deve ensinar às mulheres, que considera tão dotadas intelectualmente quanto os homens, indo mesmo ao ponto de afirmar que se elas se dedicassem ao estudo como os homens, então veríamos quem reinava.Também desta época, mas não compartilhando a confiança iluminística na razão, é uma obra, Reflexões sobre a Vaidade dos Homens, em que o autor, Matias Aires, se insurge contra a situação da mulher sujeita a uma condenável subalternização. Em bom entendimento estaria ele nestas ideias com a irmã, Teresa Margarida da Silva Orta, nascida no Brasil, autora da novela Aventuras de Diofenes, em que se inscreve a marca feminista, que teve a honra de ser a percursora do romance brasileiro.É nesta época, em que proliferam poetizas de grande mérito, que, de entre elas, esplende Leonor de Almeida, a grande Aloma. Já muito jovem, reclusa no convento de Cheias em virtude do seu parentesco com os Távoras, Leonor de Almeida faz afluir ao convento os melhores poetas do tempo, que vão admirar esse prodígio feminino. E dela que erradia, em Portugal, uma nova cultura que faz voltar a atenção da juventude para uma literatura que, vinda da Alemanha, vai revolucionar as letras nacionais: o Romantismo.Alexandre Herculano era um desses jovens, que, no elogio que tece à poetisa por ocasião da sua morte, se confessa discípulo dessa mulher, sua mestra em conhecimentos nos quais nenhum português a igualava. São palavras de Alexandre Herculano.Pois é este Alexandre Herculano, cavaleiro romântico da Ordem da Sabedoria Feminina, que na sua História de Portugal acentua ter sido durante a regência de D. Teresa que a nacionalidade portuguesa começou a caractcrizar--se, tornando-se ela própria — ela, D. Teresa — vítima do excesso com que fez radicar-se e definir-se esse sentimento.Nesta mesma doutrina se situa Fernando Pessoa quando exalta em D. Teresa o seio augusto que amamentou a Nação. E previne:Dê lua prece outro desuno A quem fadou o instinto teu! O homem que foi o teu menino EnvelheceuEnvelheceu, sim, pois fatalmente terá de enfermar o homem de cansaço do poder, segundo a lei natural de que tudo se esgota, atingindo o seu termo.Exorto-vos, por isso, Srs. Deputados, como representantes da Nação que no seu longo passado tanto enalteceu a mulher, através das vozes dos seus mais ilustres varões, o que desmente a tradição machista portuguesa, a tomar o alerta do poeta como bom conselheiro. Expulsai do vosso ânimo e das vossa práticas uma agónica miso-ginia, que ofende a memória dos ascendentes que ilustraram o vosso sexo.O feminismo histórico, que forte incidência teve na implantação e desenvolvimento da I República, é assaz conhecido para que lhe dê realce nesta minha resenha dos olvidados vultos masculinos que tanto enalteceram os engenhos femininos. Mas, na aurora desse feminismo, cumpre recordar D. António da Costa e o conde de Sabugosa, que se distinguiram como cronistas do relevo que a mulher teve na sociedade portuguesa. E recordarei que o conde de Sabugosa dedicou páginas de grande admiração a essa notável duquesa de Palmeia, escultora e fundadora das cozinhas económicas, conhecida no seu tempo como a duquesa socialista, trisavô do deputado Pedro Campilho e meu grande amigo, ascendência que muito o honra.Assinale-se que estes dois autores eram representantes do «velho» Portugal, que aos méritos intelectuais da mulher deu o pedestal que o patrismo burguês tudo faria por derrubar.Sr. Presidente, Srs. Deputados: Propus-me trazer à luz vozes ignoradas ou esquecidas do passado que, provando ser o tão falado machismo português uma gabarolice frívola sem consistência nem tradição cultural no nosso país, se juntam à prece com que o poeta da Mensagem termina o poema que dedica à mãe da nacionalidade:Mas iodo o vivo é eterno infante Onde estás e não há o dia. No antigo seio, vigilante De novo o criaAtente nisto o sexo masculino c saiba renascer das cinzas de um poder que milenariamente lhe pesa. Porque já neste mundo de vertiginosas mudanças, sociólogos do futuro avançam vaticínios baseados na leitura de sinais que indicam que no ano 2000 o poder transitará para a liderança feminina. Salvo seja! Que esfalfadela!

Risos.

Por mim, podem os homens ficar nos governos a gerir coisas cada vez menos interessantes, mas de que eles gostam muito, como a economia e a política que a serve,...

Risos.

... contanto que tirem da sua natureza aquilo que também há de feminino neles, a fim de que não haja fricçãocom a política de desenvolvimento cultural, que, essa sim, deve ser o pelouro das mulheres que, pela sua sensibilidade e paixão pelas artes, estão naturalmente vocacionadas para a exercer, não esquecendo, claro, que a cultura é o «motor» da mudança exigida pela crise de valores que está a abalar os alicerces desta nossa civilização que o homem fundou.Aplausos gerais."

E em resposta a alguns deputados, refere:

"A Sr.ª Natália Correia (PRD): — Querido amigo Pedro Campilho, agradeço-lhe as palavras que teve.Minha querida amiga, falemos assim, Manuela de Aguiar, há coisas em que efectivamente não nos entendemos. Realmente, a minha querida amiga segue uma linha feminista que eu não sigo...

Risos.

... e que às vezes colide com determinadas atitudes que eu estranho em si, mas enfim...

Risos.

De qualquer maneira, devo dizer que não falo em divisão de trabalho e que fundamentei histórica e culturalmente o que disse.No entanto, quero lembrar-lhe que foi sempre nos salões das mulheres que se desenvolveu a cultura europeia.Não sei, mas talvez se interesse pela economia. Não repudiu a política. O que repudiu é a política tal como ela se exerce. Por isso, penso que tem de nascer uma nova cultura para que dela brote uma nova política. Enfio, sim, aí estamos de acordo.Apesar de pensar que a mulher tem uma palavra muito importante a dizer no Poder, sou pelo androginato social, não estou interessada na inversão de valores. Não podemos derrubar os simpáticos homens, que são tão agradáveis...

Risos.

... para as mulheres realmente tomarem conta do Poder. Não!... Sou pela bissexualidade!... Bem, não propriamente no aspecto erótico...

Risos.

Mas também pode ser, que não me importo.

Risos.

Também pode ser, porque não sou puritana.

Risos.

E se unirmos o que há de feminino no homem... foi por isso que lancei uma exortação para que o homem assuma o que tem de feminino, porque isso é necessário. E quando falo de uma cultura nunca digo uma cultura feminina, mas digo a cultura do feminino, que é também a cultura do homem que, subjugado, enfim, por uma cultura nacionalista, teve de esmagar esses impulsos.Porém, esses impulsos são muito necessários para a mudança da nossa sociedade. Agora, naturalmente, a mulher, por uma ociosidade a que foi forçada, foi acumulando energias que talvez a predisponham para ser mais activa no mundo da política cultural, que eu penso ser o seu domínio natural, porque é a cultura que vai transformar tudo. Sempre foi assim e assim há-de ser. Não estou a substimar o papel da mulher, bem pelo contrário! Quanto àquele senhor...

O Sr. Amândio Gomes (PSD): — Amândio Gomes!

A Oradora: — Desculpe, Sr. Deputado, mas faço-lhe notar que a «bomba» demográfica é um perigo que ameaça a nossa civilização.

Risos

Realmente a reprodução da espécie tem de continuar, nós não podemos desaparecer da face da Terra. Todavia, a «mulher parideira» não é propriamente o modelo que me encanta.

Aplausos do PRD. do PS. do PCP e de Os Verdes e risos do PSD e do CDS via @
http://nescritas.com/homenagemnataliac/obranataliac/1986/01/
ainda @
http://conversamuitaconversa.blogspot.com/2005/12/notvel-discurso-da-deputada-natlia.html

"Stream of Life"

The same stream of life that runs through my veins night and day
runs through the world and dances in rhythmic measures.

It is the same life that shoots in joy through the dust of the earth
in numberless blades of grass
and breaks into tumultuous waves of leaves and flowers.

It is the same life that is rocked in the ocean-cradle of birth
and of death, in ebb and in flow.

I feel my limbs are made glorious by the touch of this world of life.
And my pride is from the life-throb of ages dancing in my blood this moment.

domingo, 12 de setembro de 2010

Fernando Pessoa



Ai que prazer
Não cumprir um dever,
Ter um livro para ler
E não o fazer!
Ler é maçada,
Estudar é nada.
O sol doira
Sem literatura.
O rio corre, bem ou mal,
Sem edição original.
E a brisa, essa,
De tão naturalmente matinal,
Como tem tempo não tem pressa...

Livros são papéis pintados com tinta.
Estudar é uma coisa em que está indistinta
A distinção entre nada e coisa nenhuma.

Quanto é melhor, quanto há bruma,
Esperar por D. Sebastião,
Quer venha ou não!

Grande é a poesia, a bondade e as danças...
Mas o melhor do mundo são as crianças,
Flores, música, o luar, e o sol, que peca
Só quando, em vez de criar, seca.

O mais que isto
É Jesus Cristo,
Que não sabia nada de finanças
Nem consta que tivesse biblioteca...

Florbala Espanca




VOZES DO MAR

Quando o sol vai caindo sobre as águas
Num nervoso delíquio d'oiro intenso,
Donde vem essa voz cheia de mágoas
Com que falas à terra, ó mar imenso?...

Tu falas de festins, e cavalgadas
De cavaleiros errantes ao luar?
Falas de caravelas encantadas
Que dormem em teu seio a soluçar?

Tens cantos d'epopeias? Tens anseios
D'amarguras? Tu tens também receios,
Ó mar cheio de esperança e majestade?!

Donde vem essa voz, ó mar amigo?...
... Talvez a voz do Portugal antigo,
Chamando por Camões numa saudade!


Florbela Espanca
Poesia Completa
Lisboa, Publicações Dom Quixote, 2000

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Tutankamon - múmia



Um pequeno filme só da múmia, não só do maior, mas o mais famoso faraó de todos os tempos.

via
http://passoconsentido.blogs.sapo.pt/

ARTE

http://www.studio-international.co.uk/default.asp

Do outro lado das palavras

on the other side of the words

"I love these rainy Sundays inviting silence and inwardness, especially when you are still slowly recovering from a nasty cold. And how restful it is to ignore the first intimations of summer and cuddle with the winter mood, resisting work, lazily replying to e-mails, flicking through a pile of old books... till you come upon an old obsession that pretty much sums it all up.

A gentle mantra, strangely disquieting, strangely consoling, as I wrote here and so many times before - and will continue to, because the spell never, never breaks. I'll go on listening to and feeding and loving the beast. He won't go away."



Shut up. Shut up. There’s nobody here.
If you think you hear somebody knocking
On the other side of the words, pay
No attention. It will be only
The great creature that thumps its tail
On silence on the other side.
If you do not even hear that
I’ll give the beast a quick skelp
And through Art you’ll hear it yelp.

The beast that lives on silence takes
Its bite out of either side.
It pads and sniffs between us. Now
It comes and laps my meaning up.
Call it over. Call it across
This curious necessary space.
Get off, you terrible inhabiter
Of silence. I’ll not have it. Get
Away to whoever it is will have you.

He’s gone and if he’s gone to you
That’s fair enough. For on this side
Of the words it’s late. The heavy moth
Bangs on the pane. The whole house
Is sleeping and I remember
I am not here, only the space
I sent the terrible beast across.
Watch. He bites. Listen gently
To any song he snorts or growls
And give him food. He means neither
Well or ill towards you. Above
All, shut up. Give him your love.


W. S. Graham, 'The Beast in the Space', from 'Malcom Mooney's Land' (1970), in Collected Poems, 1942-1977 (London: Faber, 1979), pp. 147-48.
via
http://japaneselandscapes.blogspot.com/

SONHO ACORDADO



dream awake

there's a point in all your dreaming,
to every time mean has just deserves,
and every time i caught you leaving..

i had to dream awake..

and for every time i came home screaming,
and got sent away, with no warmin at all,

i had to dream awake..

there's a calling, a calling, a calling,,
to everyone, who lost something.

and who had to dream awake.

there's a fight were not concending,
where we have to the words get mixed,
and the point is lost
where we have to dream awake.

so take us under now..
take us over now..

there's a warning, a warming, a warning,
to everyone, who found something..

http://www.theframes.ie/v4/music/lyrics/dreamawake.shtml



http://www.youtube.com/watch?v=0BDu7Sa5GDE&feature=related



http://www.youtube.com/watch?v=0g8wWOrvWgU&feature=related



A howling wind is whistling in the night
My dog is growling in the dark
Something's pulling me outside
To ride around in circles
I know that you have got the time
'coz anything I want, you do
You'll take a ride through the strangers
Who don't understand how to feel
In the death car, we're alive
In the death car, we're alive

I'll let some air come in the window
Kind of wakes me up a little
I don't turn on the radio
'coz they play sh*t, like... you know
When your hand was down on my dick
It felt quite amazing
And now that, that is all over
All we've got is the silence
In the death car, we're alive
In the death car, we're alive
So come on mandolins, play

When I touched you
I felt that you still had your baby fat
And a little taste of baby's breath
Makes me forget about death
At your age you're still joking
It ain't time yet for the choking
So now we can see the movie, and know each other truly
In the death car, we're alive
In the death car, we're alive
I want to hear some mandolins



This is Saban Bajramovic, gypsy legend
http://www.youtube.com/watch?v=Qg44qKSbsdQ&feature=player_embedded#!


"O Parlamento Europeu decidiu dar um ar da sua graça e a esmagadora maioria dos deputados aprovou uma resolução que exige que se: “suspendam imediatamente todas as expulsões de ciganos”.

Longe de embandeirar com o humanismo de uma aliança segregacionista por natureza e consciente de que compactua quotidianamente com diferentes graus de xenofobia, a resolução não deixa de ser um sinal de que um regresso ao passado está longe de se poder repetir pelo menos neste canto do mundo. Os 337 votos são então um travão às políticas de Sarkozy e constituem um verdadeiro puxão de orelhas a quem tão prontamente se apressou a aplaudir as intenções do governo francês. São igualmente um acto de consciência e de respeito pela dignidade humana e um importante rebate de memória. A UE pode continuar a destruir os países da sua periferia em nome da gula dos seus eixos centrais, pode continuar a comportar-se como o parceiro menor e bem comportado do imperialismo norte-americano, mas podemos respirar de alívio ao saber que tirando um ou outro Sarkozy ninguém quer voltar a expulsar ninguém com base na sua etnia... "

via
http://5dias.net/

INTERCIDADES

galopamos pelas costas dos montes no interior
da terra a comer eucaliptos a comer os entulhos de feno
a cuspir o vento a cuspir o tempo a cuspir
o tempo
o tempo que os comboios do sentido contrário engolem
do sentido contrário roubam-nos o tempo meu amor

preciso de ti que vens voando
até mim
mas voas à vela sobre o mar
e tens espaço asas por isso vogas à deriva enquanto eu
vou rastejando ao teu encontro sobre carris faiscando
ocasionalmente e escrevo para ti meu amor
a enganar a tua ausência a claustrofobia de cortinas
cor de mostarda tu caminhas sobre a água e agora
eu sei
as palavras valem menos do que os barcos

preciso de ti meu amor nesta solidão neste desamparo
de cortinas espessas que impedem o sol que me impedem
de voar e ainda assim do outro lado
o céu exibe nuvens pequeninas carneirinhos a trotar
a trotar sobre searas de aveia e trigais aqui não há
comemos eucaliptos eucaliptos e igrejas caiadas
debruçadas sobre os apeadeiros igrejas caiadas
meu amor
eu fumo um cigarro entre duas paragens leio
o Lobo Antunes e penso as pessoas são tristes as
as pessoas são tão tristes as pessoas são patéticas meu
amor ainda bem que tu me escondes do mundo me escondes
dos sorrisos condescendentes do mundo da comiseração
do mundo
à noite no teu corpo meu amor eu
também sou um barco sentada sobre o teu ventre
sou um mastro

preciso de ti meu amor estou cansada dói-me
em volta dos olhos tenho vontade de chorar mesmo assim
desejo-te mas antes antes de me tocares de dizeres quero-te
meu amor hás-de deixar-me dormir cem anos
depois de cem anos voltaremos a ser barcos
eu estou só
Portugal nunca mais acaba comemos eucaliptos
eucaliptos intermináveis longos e verdes
comemos eucaliptos entremeados de arbustos
comemos eucaliptos a dor da tua ausência meu amor
comemos este calor e os caminhos de ferro e a angústia
a deflagrar combustão no livro do Lobo Antunes
comemos eucaliptos e Portugal nunca mais acaba Portugal
é enorme eu preciso de ti e em sentido contrário roubam-nos
o tempo roubam-nos o tempo meu amor tempo
o tempo para sermos barcos e atravessar paredes dentro dos quartos

meu amor para sermos barcos à noite
à noite a soprar docemente sobre velas acesas

barcos.


Margarida Vale de Gato in Mulher Ao Mar, p.13, Mariposa Azual, 2010

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

MEDITAÇÃO

Meditação

Presidente da Fundação Portuguesa de Cardiologia explica como esta terapia pode beneficiar a nossa saúde mental e física
Em algumas formas de meditação, o praticante é instruído a esvaziar a mente de pensamentos, sentimentos e sensações e a observá-los sem os julgar. A meditação promove a serenidade, o relaxamento físico e o equilíbrio psicológico.

Deve ser praticada num local calmo e com uma posição específica (seja sentada, deitada, em pé ou a caminhar, mas sempre confortável). Pressupõe uma atitude aberta: deixar ir e vir as distracções sem as julgar, centrando novamente a atenção no que é importante.


Como actua

«Com a meditação, aprende- se a focar a atenção num determinado aspecto, conseguindo-se, assim, desligar de relaxamento e diminuir estados de ansiedade e stress», afirma Manuel Carrageta, cardiologista.

Se nunca experimentou e deseja alcançar este estado, o presidente da Fundação Portuguesa de Cardiologia aconselha a pensar, por exemplo, em férias agradáveis que tenha tido.

«A pressão arterial baixa e o stress diminui», refere. «Se as pessoas o conseguirem fazer vão lidar muito melhor com a ansiedade em qualquer situação, vão aprender a focar-se e a concentrar-se no que interessa e os benefícios serão visíveis em todos os campos da vida, desde o pessoal ao laboral ou escolar».

A meditação reduz a actividade do sistema nervoso simpático, responsável pelas nossas reacções perante situações que desencadeiam o stress e preparam o corpo para actuar perante uma emergência.

Contra-indicações

Segundo o National Center for Complementary and Alternative Medicine (NCCAM), a meditação é uma prática segura para pessoas saudáveis. Existem casos raros de agravamento de sintomas em pessoas com problemas psiquiátricos, mas é uma situação ainda sob análise.

Recomenda-se que indivíduos com doenças do foro mental ou físico falem com o seu médico antes de iniciar a prática meditativa e que informem o instrutor sobre o seu estado de saúde.

Tai chi: meditação em movimento

Um estudo publicado no Archives of Physical Medicine and Rehabilitation constatou que o tai chi, uma arte marcial conhecida como meditação em movimento, ajuda as mulheres após a menopausa a manter a densidade óssea e, assim, a evitar a osteoporose.

Manuel Carrageta acrescenta que «melhora a flexibilidade e equilíbrio, dois factores chave para os idosos evitarem as quedas e consequentes fracturas.»


Texto: Rita Caetano com Manuel Carrageta (presidente da Fundação Portuguesa de Cardiologia)

via
http://saude.sapo.pt/

terça-feira, 7 de setembro de 2010





http://www.youtube.com/watch?v=UPUA2S5kb2w&feature=related


Extrait du Grand Echiquier.

Regarde-la ta voile elle a les seins gonflés
La marée de tantôt te l'a deshabillée
Les bateaux comme les filles ça fait bien des chichis
Mais ce genre de bateau ça drague pas dans Paris

T'as les yeux de la mer et la gueule d'un bateau
Les marins c'est marrant même à terre c'est dans l'eau
Ta maman a piqué sur ta tête de vieux chien
Deux brillants que tu mets quand t'embarques ton destin

C'est pas comme en avril en avril soixante-huit
Lochu tu t'en souviens la mer on s'en foutait
On était trois copains avec une tragédie
Et puis ce chien perdu tout prêt à se suicider

Quand la mer se ramène avec des étrangers
Homme ou chien c'est pareil on les regarde naviguer
Et dans les rues de Lorient ou de Brest pour les sauver
Y'a toujours un marin qui rallume son voilier

Regarde-la ta quille à la mer en allée
La marée de tantôt te l'a tout enjupée
Les bateaux comme les filles ça fait bien du chiqué
Mais quand on se fout à l'eau faut savoir naviguer

T'as le coeur comme ces rocs vêtus de Chantilly
Quand la tempête y'a fait un shampooing dans la nuit
Ta maman t'a croché deux ancres aux doigts de chair
Et les lignes de ta main ça se lit au fond de la mer

C'est pas comme en avril en avril soixante-huit
Lochu tu t'en souviens dans ces rues de l'emmerde
On était trois copains au bout de mille nuits
Et le jour qui se pointait afin que rien ne se perde

Quand la mer se ramène avec des étrangers
En Bretagne y'a toujours la crêperie d'à côté
Et un marin qui te file une bonne crêpe en ciment
Tellement il y'a fourré des tonnes de sentiment

Regarde-la ta barre comme de la Pop musique
Ca fait un vrai bordel chez les maquereaux très chics
La mer a ses anglais avec le drapeau noir
On dirait Soixante-huit qui s'en revient du trottoir

Ma maman m'a cousu une gueule de chimpanzé
Si t'as la gueule d'un bar je m'appelle Pépée Ferré


C'est pas comme en avril en avril de mon cul
Dans ce bar adossé au destin de la rue

Et c'est pas comme demain en l'An de l'An Dix mille
Lochu tu t'en souviens c'était beau dans ce temps-là
La mer dans les Soleils avec ou bien sans quille
Un bateau dans les dents des étoiles dans la voix

Et quand on se ramenait avec nos Galaxies
Ca faisait un silence à vous mourir d'envie
Et les soirs d'illusion avec la nuit qui va
Dans Brest et dans Lorient on pleure et on s'en va

Lochu ? L' An Dix mille ... Tu te rappelles ?
Lochu ? L' An Dix mille ...
L'An Dix mille, l'An Dix mille, l'An Dix mille, l'An Dix mille...

A SOLIDÃO



"...Le désespoir est une forme supérieure de la critique..."

"... O desespero é uma forma superior de crítica..."


http://www.youtube.com/watch?v=UuHDceDUSyU&feature=related




extrait de Sanaa, passages en noir 2007,
Production Boulevard des Productions Strasbourg,montage effets speciaux Thierry Maury
a reçu le prix du" documentaire le plus innovatif " du Festival SOLE LUNA , Festival International du documentaire sur la Mediterranee et sur l'Islam. Palerme ,Italie
courtoisie de Robert Cahen
produites par Boulevard des Productions

extrato de Sanaa passagens em preto 2007
Produção Productions Boulevard Strasbourg, edição de efeitos especiais Thierry Maury
recebeu o prémio de "Documentário Mais Inovador" SOLE LUNA Festival, Festival Internacional de Documentários sobre o Mediterrâneo eo Islão. Palermo, Itália
cortesia de Robert Cahen
produzido por Produções Boulevard

http://www.youtube.com/watch?v=jSrSU9QIPBw&feature=player_embedded#!

PINTURA

Entrámos no atelier parisiense do pintor Claude Yve... pintor hyper-realista... atenção


Claude YVEL
Enviado por girgols. - Ver os videos os mais originais da rede

http://blog.art-dessins.fr/

segunda-feira, 6 de setembro de 2010


WHITE NOISE from marius si pandele on Vimeo.



Uma 'curta' de Marius Si Pandele. A ditadura dos modelos, das imagens estereotipadas...


http://bibliotecasemrede.blogspot.com/2010/09/white-noise.html




http://inescrever.wordpress.com/
http://www.picturestoryblog.com/



http://www.nytimes.com/interactive/2010/08/29/magazine/womens-tennis.html




http://www.picturestoryblog.com/
http://picturestoryblog.com/2009/11/tsingyfilm.html


Here is a short, romantic version of getting to the Tsingy. Sometimes I forget that getting a place can be 1/2 the trouble. Actually getting there took more than 8 days of constant travel. 2 days of flying, 6 days of driving on bad roads. One of theses days I'll make a film about packing the 14 bags of equipment, dealing with Air France and all the troubles and all the troubles in between, but really who cares when a story works out as well as this one did? See the story here.

The sound is my camp guides singing around the table in camp one night recorded by Luke Padgett.

-Stephen Alvarez

Travel to Tsingy de Bemaraha, Madagascar from Stephen Alvarez on Vimeo.




http://picturestoryblog.com/2009/11/tsingyfilm.html

Vamos fugir?

domingo, 5 de setembro de 2010

INIQUIDADE




http://www.youtube.com/watch?v=ILwU5GhY9MI&feature=player_embedded#!



http://blog.criticanarede.com/2010/09/e-concebivel-mas-e-possivel.html

CRÍTICA

http://networkedblogs.com/7xpkl

SEGURANÇA

"Francisco e Diogo, irmãos com 13 e 11 anos, respetivamente, têm um perfil no Facebook . Na escola onde estudam aprenderam como devem usá-lo e quais as definições para melhor se protegerem.

A associação de pais da Escola Clara de Resende, no Porto, convidou Tito de Morais, especialista em segurança na Internet e autor do projeto miudossegurosna.net , para ensinar os alunos do 5.º ao 8.º anos a utilizar a web em segurança.

Francisco e Diogo, que assistiram às sessões sobre privacidade e segurança nas redes sociais no ano letivo de 2008/2009, sabem que precauções devem tomar online.

"Tínhamos de ter cuidado para não dar dados pessoais a pessoas que não conhecemos", explica Diogo, que tem uma página no Facebook. "[Nas definições] pus para só verem os meus dados pessoais os meus amigos", acrescentou.

O irmão mais velho, Francisco, que diz ter "poucas fotografias" no Facebook, acrescenta que só aceita "contactos de amigos" que conhece pessoalmente.

Ação de esclarecimento foi pedida pelos pais



A ideia de promover sessões de esclarecimento sobre redes sociais e segurança online na escola partiu da associação de pais, que, no ano letivo anterior, organizou um seminário para pais e professores sobre a matéria.

"Entendemos que era importante adaptar aquele seminário para os alunos", explicou à Lusa Vítor Oliveira, presidente da associação de pais da Escola Clara de Resende.

Vitória Burgos, que era membro da associação no ano letivo de 2008/2009, reconhece a importância destas formações, mas considera também que foi um investimento "caro".

"Para uma associação de pais, é extremamente caro. Já não sei dizer ao certo o valor, sei que, para uma associação de pais, é bastante caro, porque trata-se de uma associação sem fundos, praticamente", afirma.

Nesta escola portuense, as formações foram preparadas e apresentadas por Tito de Morais, que lamentou que, em Portugal, "regra geral", as escolas não deem importância à Internet e aos perigos que pode representar para as crianças.

Na Alemanha, por exemplo, os currículos escolares vão passar a incluir as redes sociais e o seu funcionamento em segurança. Em Portugal, diz Tito de Morais, os esforços que se fazem são "avulsos".

A receita - prossegue o especialista - parece ser a "improvisação" ou, então, são promovidas ações como as que tiveram lugar na Escola Clara de Resende, no Porto, porque há "um pai ou um professor que faz questão".

via
http://aeiou.expresso.pt/especialista-ensina-jovens-a-usar-facebook-em-seguranca-com-video=f602281

Leituras

http://abrupto.blogspot.com/2007/05/nunca-tarde-para-aprender-las-mocicas.html

Maurice Uma História de Amor






http://www.youtube.com/watch?v=iD5TBJHJxC0&feature=related



Maurice is a 1987 film based on the novel of the same title by E. M. Forster. A tale of homosexual love in early 20th century England, it follows Maurice Hall from his school days, through university, and beyond.

Produced by Merchant Ivory Productions and Channel Four Films, the film was directed by James Ivory and written by Ivory and Kit Hesketh-Harvey, produced by Ismail Merchant, with cinematography by Pierre Lhomme.

Starring James Wilby as Maurice, Hugh Grant as Clive and Rupert Graves as Alec, the supporting cast included Denholm Elliott as Dr Barry, Simon Callow as Mr Ducie, Billie Whitelaw as Mrs Hall and Ben Kingsley as Lasker-Jones.

Os Europeus




http://www.youtube.com/watch?v=t3jaFcJv8Xo&feature=related



Um grande filme sobre um crime inominável. A rever. E a ler, já agora, o incrível testemunho de pessoal de Denise Affonço, contido em “No Inferno dos Khmer Vermelhos”.


http://www.youtube.com/watch?v=Q2bP9jHwZ-Q&feature=related

sábado, 4 de setembro de 2010

Vídeos da Terra




Time lapse footage taken by Oregon State University alum Don Pettit during his time on the International Space Station. This one shows Earth from day to night. Watch the other eight time lapse videos from space http://www.youtube.com/view_play_list

... science




“São 38 segundos preciosos para perceber o que se passa para lá do dia vivido na Terra. Don Pettit, engenheiro na Universidade de Oregon, nos EUA, que já participou em duas expedições à Estação Espacial Internacional aproveitava parte do tempo livre para desenvolver gadgets espaciais. Um das invenções, mais artística, são vídeos com vistas inéditas realizados com a técnica time-lapse (sucessão de frames), agora publicados online.
"Há toda uma fenomenologia que se passa numa escala de tempo que não conseguimos captar no tempo real. Ocorreu-me que fazer vídeos em time-lapse a partir da estação espacial daria a ver coisas que normalmente não observamos", explicou à Wired. Outro objectivo, adiantou Don Pettit, foi mostrar o que sente quando se está "numa fronteira."
Ao todo Petit fez 85 vídeos. Este mostra a passagem do dia.”
Fonte: Jornal i
Pode ver outros aqui.
http://www.wired.com/wiredscience/2010/09/astronaut-time-lapse-videos/?utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed%3A+wired%2Findex+(Wired%3A+Index+3+(Top+Stories+2))&pid=42&viewall=true




Idade de Consentimento



I wanna be forgotten
And I don't wanna be reminded
He said, "please don't make this harder"
No, I won't yet
I wanna be beside her
She wanna be admired
I said, "please don't make this harder"
No, I won't yet...


http://www.youtube.com/watch?v=wTa2pXXa7do&feature=related

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Piano Cover




Music from Maxence Cyrin's new album "Novö Piano".

Scenes taken from "The mysterious Lady" (1928) with the great Greta Garbo

Biodiversidade

Excelente vídeo de divulgação sobre a importância da biodiversidade


Biodiversity - Vancouver Film School from Vancouver Film School on Vimeo.

Vida no Universo - O Grande Filtro



http://www.youtube.com/watch?v=-JZgzhMqHU8&feature=channel





This is the first episode of a series on life in the universe. Looking for life in the universe isn't like looking for your car keys. It's hard to know where to even start. The best place to start is probably by NOT trying to find alien civilizations, but rather ANY kind of life we can.

The problem is, civilizations live and die in the blink of an eye compared to the lifecycles stars. They could come and go and we'd never know it.

Este é o primeiro episódio de uma série sobre a vida no universo. Olhando para a vida no universo não é como procurar as chaves do seu carro. É difícil saber por onde começar mesmo. O melhor lugar para começar é provavelmente não tentar encontrar civilizações alienígenas, mas sim qualquer tipo de vida.

O problema é que as civilizações vivem e morrem num piscar de olhos...



http://www.youtube.com/watch?v=iudHPc3R3rM&feature=channel

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

José Miguel Parra Ortiz




“Da componente afectiva e da atracção no matrimónio, do socialmente aceite e inaceitável e também da influência da sexualidade na cultura e na religião nasce este livro, um tratado bastante completo e, ainda que escrito de forma a ser acessível até ao leitor com pouco conhecimento da cultura egípcia, bastante detalhado na sua abordagem.
Com uma lista bastante extensa de referências bibliográficas e acompanhado por fotografias e ilustrações esclarecedoras, o autor recorre à escassa informação disponível (talvez por a componente sexual da vida não ser tão publicamente evidente na cultura egípcia como, por exemplo, na greco-romana) para construir um cenário bastante preciso, tendo em conta os meios, de como seria encarado o amor, as relações matrimoniais e o próprio erotismo na sociedade egípcia. E a forma como o faz, com uma linguagem acessível e uma evidente atenção para com o possível leitor menos informado, acrescentando alguns leves toques de humor que acabam também por captar a atenção, tornam este livro não só numa boa fonte de conhecimento mas também numa leitura agradável.
Este livro é, portanto, uma boa forma de adquirir algum conhecimento da cultura egípcia, não só no referente ao erotismo em si, mas à componente mitológica a ele associada nesta cultura que, no elemento do amor como em muitos outros, tem muitas curiosidades a explorar.”
Via
http://asleiturasdocorvo.blogspot.com/