sábado, 20 de novembro de 2010

Le Corbusier

Artistas Matemáticos - Matemáticos Artistas



A Matemática é hoje vista com maus olhos, é sinónimo de enormes dores de cabeça entre os estudantes e jóia preciosa que habita as mentes mais iluminadas! Estas ideias estão já tão enraizadas, que é difícil acreditar que a Matemática está repleta de beleza! - No entanto, a comprová-lo, está a estreita relação existente entre a Matemática e a Arte, e se a Arte é bela ...

A associação da Matemática à Arte não é de hoje. De facto, as sólidas relações entre estes dois universos remontam à Antiguidade Clássica. Já os arquitectos da Grécia Antiga, no séc. V a.C., tinham consciência do efeito harmonioso do rectângulo de ouro, usando-o assim na construção do monumento precioso da Acrópole de Atenas - o Partenon (447 - 432 a.C.). Esta procura da harmonia das formas tem sido uma constante ao longo dos tempos.

Mas muitos outros conceitos matemáticos, tais como as proporções, a simetria, as ilusões de óptica, a geometria projectiva e o infinito, influenciaram, embora nem sempre de modo consciente e explícito, muitos artistas ao longo dos séculos. Um exemplo disso, são os pintores e escultores renascentistas que investigaram novas soluções para problemas visuais formais e que realizaram, muitos deles, experiências científicas. Neste contexto, surgiu a perspectiva linear, conceito matemático que revolucionou as correntes artísticas e contribuiu para o desenvolvimento da Arte.

Os pontos em comum são tantos que não podemos de modo nenhum pensar na Arte e na Matemática, ou na Arte e na Ciência como campos completamente distintos! Com efeito, quando se pensa em Arte e Matemática surge-nos imediatamente o nome de Escher. No entanto, existem muitos outros artistas que, como ele, se inspiraram na Matemática para melhor exprimirem as suas ideias, usando-a como técnica, simbolicamente ou até mesmo como tema. É um pouco deste maravilhoso mundo, em que a Matemática e a Arte se fundem nas obras de alguns artistas, que pretendemos dar a conhecer.

Esperamos que esta pequena introdução tenha aguçado a sua curiosidade e o leve a visitar a nossa página, onde a Matemática aparece com uma função bem diferente daquela a que estamos habituados no nosso viver quotidiano.





Le Corbusier
(1887 - 1965)



Charles-Edouard Jeanneret, conhecido por Le Corbusier, nasceu a 6 de Outubro de 1887 em La Chaux-de-Fonds, Suíça, mas viveu a maior parte da sua vida em França. Foi um arquitecto que constituiu um marco muito importante no desenvolvimento da arquitectura moderna. Com a publicação de «Vers une Architecture» (1923) ele adoptou o nome Le Corbusier, e dedicou todo o seu talento e energia à criação da uma nova e radical forma de expressão arquitectónica. Em 27 de Agosto de 1965 morreu afogado no Mediterrâneo.


Viajou pela Europa e na sua passagem pela Alemanha trocou com Peter Behrens alguns conhecimentos sobre a razão de ouro. Depois disso, Le Corbusier foi para Atenas estudar o Partenon e outros edifícios da Grécia Antiga. A forma como os gregos usaram a razão de ouro nos seu trabalhos foi fonte de inspiração para este arquitecto, chegando mesmo a afirmar que foi a forma como os gregos usaram uma escala, a medida grega do homem, que o impressionou. O livro «Vers une Architecture» mostra uma nova forma da arquitectura baseada em muitos edifícios antigos que incorporam a razão de ouro.

Entre 1942 e 1948, Le Corbusier desenvolveu um sistema de medição que ficou conhecido por «Modulor». Baseado na razão de ouro e nos números de Fibonacci e usando também as dimensões médias humanas (dentro das quais considerou 183 cm como altura standard), o Modulor é uma sequência de medidas que Le Corbusier usou para encontrar harmonia nas suas composições arquitecturais. O Modulor foi publicado em 1950 e depois do grande sucesso, Le Corbusier veio a publicar, em 1955, o «Modulor 2».



le corbusier 4.jpg

Mosteiro de Sainte-Marie de la Tourette

via
http://www.educ.fc.ul.pt/icm/icm2000/icm33/Corbusier.htm

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