"A computação, a teoria da informação e o acesso à mesma, a ubiquidade da Internet e da rede global envolvem muito mais do que uma revolução tecnológica. Implicam transformações de consciência, de hábitos de percepção e de expressão, de sensibilidade recíproca, que mal começámos a avaliar." George Steiner, in As Lições dos Mestres
sexta-feira, 24 de junho de 2011
Grandes Portugueses - Fernando Pessoa (Parte 5)
É considerado, a par de Camões, o maior poeta da língua portuguesa. Deixa uma obra única, pela sua duração, originalidade e universalidade. Perito nas subtilezas da escrita, escreve com lucidez inabalável. Fernando Pessoa cria o seu próprio mundo. Um espírito rico e paradoxal não se podia resumir a uma só personalidade. Com a criação dos heterónimos, o poeta gera, em torno de si, um mistério que perpetua o seu nome infinitamente. "Imortal", resume Pinto da Costa, professor catedrático de Medicina Legal.
Fernando Pessoa usava de forma exímia as palavras - sabia, melhor do que ninguém, que as palavras são etiquetas que se colam às coisas. É marcante a sua curiosidade por tudo o que ultrapassava os limites humanos. Figura cimeira da literatura portuguesa e da poesia europeia do século XX, Fernando Pessoa dedicou a sua vida a criar e divulgar a língua materna. Nas próprias palavras do poeta "a minha pátria é a língua portuguesa". Com uma visão simultaneamente múltipla e unitária da vida, cativou o mundo com a sua escrita, misticismo e esoterismo. "É o escritor que consegue dar à poesia portuguesa, no século XX, o lugar de predominância e prevalência", constata António Mega Ferreira, gestor e presidente da Fundação Centro Cultural de Belém. Uma figura universal.
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